hoje, a minha pesada cabeça se sente numa gangorra. gangorra que foi criada por algo e alguém que eu não sei o que e quem foi. é um turbilhão de ideias que se passa por ela, e ela vai oscilando entre a altura e o chão. hoje, eu sinto que quase esqueço o que passou; mas meu íntimo quer que isso permaneça em mim. sinto que quero o presente, mas sem esquecer do que vivi. e talvez isso seja um fio que impossivelmente terá duas pontas. agora eu visualizo perfeitamente essa gangorra. de um lado minha mente e do outro meu íntimo. e guiando ela, meus desejos e minhas vontades. são desejos misturados com abominações e vontades com um toque de repulsa. parece que minha vontade, desgoverna essa gangorra, a deixando numa rapidez quase insuportável, que só me faz querer fechar os olhos e disfarçar as lágrimas que saem dos mesmos, apenas para não ter de responder a alguém se está tudo bem ou o que realmente se passa. e mais uma vez, a angústia sai dos meus olhos, molhando o papel e o borrando com a caneta que eu nele escrevo, deixando mais ilegível a minha letra do que o meu próprio pensar. seria mais fácil detectar o que eu quero para fazê-lo se concretizar, mas a gangorra não deixa e faz com que eu realmente esqueça o que é melhor e faça as coisas conforme a maneira que ela decidir. talvez um dos dois lado ceda à gangorra e se entregue de vez, mesmo sabendo que não seguirá em paz. e o que me resta é esperar (como sempre) a minha pesada cabeça se livrar dos pensamentos que têm e dos meu agoniado peito, que não sabe o que deve sentir e guardar dentro dele, o que realmente me fará bem. anjo domingo de chuva
ao som de : vander lee - esperando aviões
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