quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 a falta ;

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber, a vida é tão rara, tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para; a vida não para não... a vida não para.

o meu mal é sentir falta. do bem e do bom, do mal e do mau, que senti e que fiz. andeii pela única rua do centro da minha cidade e vi o mundo de coisas que deixei para trás. Os amigos, os perfumes, as paixões, as raivas. Te quando andava por ali feliz, cantando, gritando, correndo, chorando. e hoje? já não é mais assim por minha culpa, do destino e do tempo. meu mal é não aceitar que o tempo passa e que com ele tudo o que é bom deixa de ser e vai embora. eu olho pra trás e vejo que até as lágrimas e a angustia que eu sentia eram importantes. falta de tudo, do que antes me irritava por ser tão insignificante, tediante. as tardes que eu não tinha nada pra fazer, as tardes de sol, de chuva. as conversas; as músicas que tocavam na rádio e hoje já não tocam mais e não fazem o mesmo efeito em mim. meu mal é ter a memória boa e lembrar de mais de todas as coisas que eu vivi, as boas e as ruins. lembrar de como eu era e não sou mais. lembrar das pessoas, de como elas eram e hoje também já não são iguais. meu mal é querer que o tempo não passe, e não aceitar que posso voltar no tempo. meu mal e sentir falta, de tudo. e sei que se quiser não sentir mais nada disso, terei que sumir, pra bem longe, aonde nada me lembra de nada. e assim eu poderei, aceitar a velocidade do tempo, sem sentir mais falta de nada.