domingo, 2 de agosto de 2009 Um Domingo Instavel

cada dia eu sinto saudade de alguém diferente. ontem eram algumas, hoje são outras. talvez eu não goste de ninguém, ou talvez goste de todo mundo. talvez por carência ou por imaturidade eu tenha me prendido a todas as lembranças da mente, já que no passado todas elas me fizeram bem. me fizeram bem, a ponto de deixar em mim, o mais profundo desejo de parar no tempo pois sabia que não duraria para sempre e hoje eu estaria assim. muitos dizem que devo me conformar, que é frescura minha, que a vida é assim. sim, eu sei que a vida é assim, sei que tudo passa, a tristeza também passa, assim como minha alegria passou. (#totalemoisso)

mas me diz o que eu faço com os meus sonhos e com os meus planos. com os desejos que eu tinha e hoje sim já se tornaram impossível. rasgo a folha do caderno, amasso e jogo no lixo? tento começar tudo de novo jogando fora tudo o que aconteceu? começo a criar uma nova história com novos personagens mesmo sabendo que aquela historia já tinha um final escrito e que não pode mais acontecer? não, isso não serve pra mim, não cabe na minha mente. seria eu masoquista a ponto de preferir minha própria dor do que ao menos tentar esquecer o que passou?

talvez realmente seja frescura, e eu realmente sofra a toa. porque é tudo tão simples que me deixa cego. é fácil, é esquecer coisas que hoje não tem mais importância. apenas. sem me martirizar por isso. parar de sofrer por me fazer sofrer. é, talvez seja simples. simples demais a ponto de ser invisível aos meus próprios olhos. já que não faz sentindo, não vale a pena lembrar das tardes frias, dos dias de sol. da ansiedade das noites, nada hoje vale a pena. nada deve ser lembrado. #anjo